domingo, 3 de abril de 2022

O Pai de Santo e Allan Kardec

   


 O Pai de Santo e Allan Kardec 

Dizem que um Pai de Santo estava insatisfeito com seu terreiro. Algo faltava para um funcionamento mais positivo. 

Então ele, que já havia lido vários conteúdos sobre os livros de Allan Kardec,  teve a ideia de começar a pedir a sua ajuda. Simpatizava-se com os ensinos espíritas. 

Certa noite, a reunião estava em andamento. Médiuns concentrados, recebendo os pretos velhos... Em dado momento, um dos pretos velhos, incorporado num médium, assim falou: 

- Atenção... Vem entrando em nosso terreiro, Allan Kardec, sorrindo simpaticamente. Ele carrega em sua mão um pergaminho... Está abrindo o pergaminho e pede para eu ler para vocês o que nele está escrito. As palavras são as seguintes: 

“Irmãos, tendes um valoroso pai-de-santo que está preocupado em melhorar o funcionamento deste terreiro. Em suas orações tem pedido minha ajuda e aqui estou para dar uma sugestão. Indico um acompanhamento no sentido de orientarem os espíritos sofredores que aqui vêm com frequência buscar ajuda. Eles se ajoelham fervorosos diante das imagens de vosso altar e rogam  ajuda. Muitos deles precisam de um conhecimento mais profundo acerca da Reforma Íntima que necessitam fazer para conseguir a própria iluminação. Será então de grande valia a introdução da reunião chamada popularmente de mesa branca. Só que será preciso estudar ao menos O Livro dos Médiuns. Terminado o estudo poderão começar a prática das reuniões mediúnicas. Virão espíritos dedicados que trarão os irmãozinhos sofredores para serem esclarecidos. Índios, caboclos e pretos velhos virão também para assegurar a proteção e o encaminhamento dos necessitados. Parabenizo e louvo a existência do Pai de Santo deste terreiro que trabalha com responsabilidade e dedicação. Que haja harmonia, paz e libertação para todo aquele que carrega dores insondáveis em seu coração. Meu abraço espiritual ao querido pai de santo que está no leme deste terreiro. Salve Jesus!” 

Todos responderam: 

- Salve!                

Os olhos do Pai de Santo verteram lágrimas  de emoção e de gratidão. Seus rogos foram atendidos! Em palavras audíveis ele disse: 

- Obrigado Allan Kardec! Seguiremos vossas orientações. 

E assim,  os trabalhadores iniciaram o estudo do Livro dos Médiuns.

Ao final, acertaram qual noite seria dedicada à reunião de encaminhamento dos sofredores e iniciaram o labor com alegria. 

Uma chama de energia iluminada com frequência alimenta o terreiro do responsável Pai de Santo e os sofredores são trazidos para serem encaminhados. 

Salve Jesus, salve Allan Kardec... fiquem todos abençoados!

 Maria Nilceia     


Lenda da Flor de Maio



Lenda da Flor de Maio


Dizem que na pequena cidade de Água Azul, situada num lindo vale florido cercado de montanhas, três jovens amigos se apaixonaram pela mesma donzela, cativante pela beleza serena a emoldurar seu rosto. Seu nome era Tamires.

Os três, em comum acordo, pediram-na em namoro.
Ela, por sua vez, apesar de desejar escolher apenas um, simpatizava-se com os três. E pensava: eles são lindos e amáveis, mas qual deles não terá nenhum vício e poderá ser um bom noivo para mim?
Num de seus momentos de prece, ela, que era devota de Nossa Senhora, pediu:

– Maria, mãe de Jesus, qual dos três será o melhor? Peço-Te uma graça... aquele que for ideal, que me presenteie com uma flor de maio.

Passados alguns dias, um deles, o de nome Francesco, esperou Tamires no portão de sua casa, com um vaso de flores de maio. Várias flores estavam abertas. Ao vê-la, disse:

– Tamires, como você ainda não decidiu, resolvi dar-lhe essas lindas flores, como prova de meu amor e de minha sinceridade.

Isso aconteceu num dia vinte de maio.
Naquele momento, Tamires aceitou o pedido de namoro de Francesco. Quatro anos mais tarde, eles noivaram. Um ano após, eles casaram exatamente num dia vinte de maio.
Todos os habitantes da pequena Água Azul ficaram sabendo dessa linda história e elegeram a famosa flor maio como a flor das noivas.

Uma florista da cidade conseguiu com seu talento confeccionar lindos buquês de flores de maio, para que a história de amor não fosse esquecida.


Eles passaram a ser os mais requisitados buquês pelas noivas que casavam no mês de maio. Com certeza, os casais foram muito felizes!

Moral da História: Seja bom, seja livre de vícios e viverá uma linda história de amor que lhe dará alegrias, as quais enfeitarão as páginas do livro de sua vida.


Maria Nilceia