Davi e Ezequias eram dois rabis.
Davi, certo dia, estava a fazer um trajeto a pé e foi atacado por um cachorro. Providenciaram socorro e ele ficou bem.
No dia seguinte, Davi viu o mesmo cão sendo açoitado pelo dono. O animal estava já à beira da morte. O rabi pensou: o cão é bravo porque é maltratado... Penalizado, pediu que o homem parasse de chicotear o animal. Chamou o veterinário e pagou o tratamento. Hoje ele ensina: trate bem as pessoas e os animais para que eles sejam bons.
Em outro local morava o rabi Ezequias. Certa tarde, ele também foi atacado por um cão, mas o ferimento foi leve. Logo ele ficou bem. Só que Ezequias passou a odiar o animal. Posteriormente, ainda enraivecido, conseguiu prender o cão num cômodo que lhe pertencia e deixou o animal morrer de fome e sede.
Davi tinha “o coração mole”, diziam uns. Ezequias é dos nossos, diziam outros.
E assim viveram… Davi fazendo o bem e Ezequias sempre enraivecido. Um perdoando e o outro se vingando.
Após a morte dos dois, vamos encontrar a alma de Davi linda e iluminada. Ezequias tem a alma opaca e perambula pelo deserto, passando fome e sede.
A sabedoria que impregna o Universo não falha. O ser humano pode agir como deseja, pode extravasar suas tendências bestiais, ou extravasar a bondade que habita em seu coração. A colheita é certa. Ou você recebe o troco em forma de ácido que queima e judia, ou recebe o troco em forma de alegrias imperecíveis que promovem a felicidade.
Tudo depende das escolhas que são feitas...
Maria Nilceia