– Meu
querido guru, qual é o fermento para que meu casamento, que está tão perto dê
certo?
O guru respondeu ao jovem:
– É preciso não quebrar o encanto que existe no tempo de
namoro. Nas pequenas atitudes tomadas, os cônjuges se entendem ou se separam.
Simples favores, pedidos fáceis de serem atendidos, companheirismo, alegrias
vividas juntos, tristezas compartilhadas, mãos estendidas sempre, gentileza,
representando a educação e as boas maneiras. Tais ingredientes lampejam,
iluminando corações e trazendo felicidade.
O jovem, coçando o queixo e fazendo um tempo de silêncio,
externou:
– Não sei se serei capaz de manter tais atitudes. Sou fácil
de me irritar.
Ao que o guru, respondeu:
– Somente o amor fechará as portas para a irritação. Enquanto
ele existir, seu casamento durará.
Pensativo, o jovem terminou de tomar o chá que lhe foi oferecido.
Ao se despedir, agradeceu, beijando as mãos do guru:
– Tentarei, farei o possível para que o amor não se finde.
Obrigado!
Ao completar bodas de ouro, o outrora jovem, mas hoje, de cabelos
encanecidos, ao cortar o bolo, junto com a esposa, beijou-lhe a fronte,
dizendo:
– Te amo, minha velha, te amo!
Certamente, o amor venceu.
Maria Nilceia - Via Mediúnica


