domingo, 15 de junho de 2025

Buda e o Homem Arrependido

 


Buda, naquele momento, sentia-se grato pela sabedoria adquirida. Eis que chega um homem de aspecto triste. Aproximou-se de Buda, pediu um tempo para expor seu problema e assim se expressou:

-Sou muito rico e dei valor para os meus bajuladores... Fui desumano com alguém que certamente foi o meu melhor amigo.  Ele partiu e deixou em minha alma um arrependimento gigante por eu não ter valorizado sua amizade.

Buda perguntou:

-Quem foi essa pessoa?

O rico senhor respondeu:

-Foi um servidor que cuidou de mim desde os meus 12 anos e certamente daria a vida por mim. Agora, o que chora em minha alma, é que nunca disse a ele obrigado. Certa manhã, ele se aproximou de mim com a mão no peito, dizendo:

-Senhor, estou me sentindo mal... me perdoe, hoje não conseguirei trabalhar.

-Sem que desse tempo de socorrê-lo, ele caiu aos meus pés já sem vida. Notei que em sua mão direita havia um papel. Nele estava escrito: Senhor, acredite, tenho por vós muito respeito. Sinto que se aproxima o meu fim, porque tenho passado mal. Não quero partir sem expressar a minha gratidão. Muito obrigado por tudo! 

A essa altura, o rico senhor chorava aos pés de Buda e dizia:

-Talvez vossas palavras possam me dar algum alívio.

Buda pensou algo que não poderia falar, porque só pioraria a situação. Tentou amenizar o sofrimento do pobre homem dizendo:

-Filho... as melhores e mais sinceras amizades não estão nas pessoas que dispensam falsos elogios, estão nas pessoas mais simples que talvez tenham pouca expressão social e permanecem no anonimato. Com certeza, o fato lhe serviu de lição. Vá em paz, seu servo está feliz e sabe do seu arrependimento. No Mundo dos Espíritos, ele continuará sendo leal a você. A partir de agora, preste mais atenção e viva com a alegria e a inocência de uma criança feliz e bem conduzida.

Mais sereno, o homem agradeceu e se afastou lentamente.

Amados, reflitamos também na questão amizade.

Maria Nilceia - Mensagem mediúnica